terça-feira, 20 de maio de 2008

O Disco Um

Frodo retirou-o do bolso das calças, onda estava preso numa corrente pendurada ao cinto. Soltou-o e o entregou lentamente ao mago. Sentiu que estava muito pesado, como se o disco ou o próprio Frodo estivessem relutantes em permitir que Gandalf o tocasse.

Gandalf inseriu-o no drive. Parecia ser feito de código puro e monolítico. - Você consegue listar os diretórios nele? - perguntou o mago.

– Não – disse Frodo – Não vejo nada. O Makefile é rebuscado, e nunca mostra sinais de erros de compilação.

– Então olhe! - Para assombro e aflição de Frodo, o mago entrou no console bem no meio do sistema e digitou "configure; make; make install". Frodo deu um grito e estendeu a mão tentando ejetar o disco, mas Gandalf o segurou.

– Espere – disse ele numa voz imperativa, lançando de suas sobrancelhas eriçadas um olhar rápido sobre Frodo.

O disco não mostrou nenhuma alteração aparente. Depois de um tempo Gandalf se levantou, fechou as conexões de rede e as janelas restantes. O ambiente de trabalho ficou escuro e silencioso, embora o barulho dos roteadores de Sam, agora mais próximo da janela, ainda chegasse abafado do jardim. Por um momento Gandalf ficou olhando para o console; depois se abaixou e listou o conteúdo do drive, e imediatamente capturou a listagem para um log. Frodo ficou boquiaberto.

– Está livre de rootkits – disse Gandalf. - Abra-o! - Gandalf o arrastou para o atalho do Vi de Frodo, que estava tremendo: parecia que o disco tinha ficado com mais espaço livre e desfragmentado que nunca.

– Imprima-o! - disse Gandalf. - E olhe de perto!

Fazendo isso, Frodo enxergou as linhas finas, mais finas que a resolução possível da impressora laser, que corriam ao longo da listagem do disco, na raíz e nos diretórios: linhas de fogo que pareciam formar os comandos de um algoritmo contínuo. Brilhavam com uma luz penetrante e contudo remota, como se emanasse de grande profundidade.
IF(PRFE.EQ.0.0)PRFE=PRFEB
IF(PRFTR.EQ.0.0)PRFTR=PRFTRB
IF(PRFPL.EQ.0.0)PRFPL=PRFPLB
23 FORMAT(3F10.4)
WRITE(6,19)PREC*100.0,RZ1,RZ2
29 FORMAT(I1,9X,2F10.3)
85 IF(ICONT.GE.40)CALL ERRO(4)
AUXV=AUXV/RQ3
AUX=RAD(AUXA)
GO TO 45
76 READ(5,16)VAR1X,VAR1Y,VAR1Z,VAR2X,VAR2Y,VAR2Z,PASSO,NPROP
16 FORMAT(10X,6F9.4,F7.4,2X,I3)
– Não consigo entender esta listagem – disse Frodo numa voz trêmula.

– Não, – disse Gandalf –, mas eu consigo. Esses comandos são FORTRAN, de uma modalidade arcaica, mas o sistema é o VAX, a qual não vou pronunciar aqui. Mas isto em Pseudocódigo quer dizer, aproximadamente:
Disco Um para a todos pré-processar, Disco Um para compilá-los,
Disco Um para a todos linkar e na escuridão depurá-los

– São apenas duas linhas de códigos conhecidos há muito tempo na TI élfica:
Disco Três para os drivers dos Reis-Elfos sob esta BIOS,
Disco Sete para instalar os Senhores-Anões em seus rochosos discos rígidos,
Disco Nove para umount os Homens Mortais fadados aos bugs,
Disco Um para o SO Escuro em sua escura região de memória
Na partição /mnt/Mordor onda as Sombras são root.
Disco Um para a todos pré-processar, Disco Um para compilá-los,
Disco Um para a todos linkar e na escuridão depurá-los
Na partição /mnt/Mordor onda as Sombras são root.
Parou, e então disse lentamente, numa voz profunda: – Este é o Disco-Mestre, o Disco Um para a todos linkar. Este é o Disco Um que ele perdeu há muito tempo, o que causou um grande enfraquecimento do seu sistema, cheio de patches. Ele o deseja muito – mas não deve obtê-lo.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

segunda-feira, 31 de março de 2008

Enterraram o Cristo

Para quem tem o Virtual Earth instalado, procure pelo Cristo Redentor. Não achou? Aaaaahhh, procure aqui. Bizonho...

Meta-idéia!

Rolou idéia para um próximo filme! Na verdade, será um meta-filme... aguarde!

Quem é trash faz ao vivo

Folheto que acabei de ver:

"Mostra Internacional de Instrumentos Medievais de Tortura"

No rodapé:

"Apoio: Ministério da Justiça - Departamento dos Direitos Humanos"

Deve ser do mesmo pessoal que criou o porrete "Direitos Humanos"!

sexta-feira, 28 de março de 2008

Elocubracoes em uma Tese - I - Plasmas (revisitado)

(Este post estava no meu Multiply, estou postando novamente para dar continuidade)

Plasma é o estado da matéria que ocorre no interior do Sol e demais estrelas; que consiste numa "sopa" de elétrons livres e íons. A matéria sujeita ao estado de plasma atinge temperaturas tão altas que seus átomos começam a perder elétrons e estes se tornam livres.

A palavra plasma vem da medicina onde é utilizada para apontar perturbação ou estado não distinguível. O termo plasma na física, foi utilizado pela primeira vez pelo físico americano, Irving Langmuir no ano de 1928, quando estudava descargas elétricas em gases.

Algumas propriedades:

  • Ele é eletricamente neutro, a neutralidade está garantida, pelo equilíbrio das partículas componentes do plasma, resumidamente seu número de neutrons, prótons e elétrons é igual.
  • O plasma é ótimo condutor elétrico, uma vez que possui grande quantidade de elétrons livres.
  • O plasma também apresenta-se como ótimo condutor de calor.
  • O plasma é fonte de ondas eletromagnéticas. Estando o plasma sujeito a um campo magnético, este induz um campo elétrico e vice-versa. Nota-se que, no caso do sol, o campo eletromagnético é tão intenso que influencia dispositivos sensíveis a estes campos, como satélites de comunicações por exemplo e também origina fenômenos interessantes como a aurora boreal.

Descrição matemática:

Plasmas podem ser descritos em diversos níveis de detalhamento. Entretanto o plasma em si é descrito, se campos eletromagnéticos estiverem presentes, através das equações de Maxwell. O acoplamento da descrição do fluido condutor aos campos eletromagnéticos é conhecido genericamente como magnetohidrodinâmica, ou simplesmente MHD.

Fonte: Wikipédia.

quinta-feira, 27 de março de 2008

A saga do Palm

Já acompanho esta onda de computador de bolso a um certo tempo, e sempre com Palm (desde a época da USRobotics).

O que já passou na minha mão:


Pilot 5000


Palm V


Sony Clié TJ27


Lifedrive


Tungsten C (atual)

segunda-feira, 24 de março de 2008

Pelo contorno

Atualmente estudando método de elementos de contorno para a tese. Tinha começado a ver os elementos finitos, mas para o meu problema ficaria inviável. O BEM (boundary element method) necessita especificar somente o "contorno", sem se preocupar em discretizar o interior.