O que realmente ocorre? Primeiro uma descarga pode incidir de diversas formas:
- diretamente nos cabos condutores,
- nas torres,
- nos cabos pára-raios,
- no solo.
Mesmo após o término a descarga atmosférica, este arco continua: ele precisa de uma tensão muito alta para ser criada, mas ele não extingue-se tão facilmente, pois agora teremos uma corrente de curto-circuito alimentando-a. Uma opção é desligar toda a linha, esperar "esfriar" o arco, o que alguns segundos é suficiente, e religar, o que na maioria das vezes é suficiente. Se o sistema for robusto, ele aguenta a falta desta linha por alguns instantes.
Uma linha bem projetada consegue minimizar as incidências diretas na fase, mas as incidências nos pára-raios não. Afinal, eles foram feitos para receber as descargas e, através das torres, enviar a energia para a Terra. Neste caso, até a corrente chegar na torre, haverá indução de correntes entre os pára-raios e fase. Logo, ainda há chance de pular um arco.
Ainda, as descargas indiretas, as que caem no solo mas relativamente próximas a linha, podem induzir correntes nas fases. É como se a linha fosse uma grande antena.
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